Zaha Hadid |
Nasceu em
Bagdá em 1950. Estudou em Londres na Architectural Associaton School of Architecture (AA) onde teve aula
com Leon Krier e Rem Koolhaas e obteve o diploma em 1977. Lecionou em varias
instituições prestigiadas em todo o mundo. Ocupou a presidência da Kenzo Tange
na Escola de Graduação de Design da Universidade de Harvard, tornou-se sócia do
Office for Metropolitan Architecture (OMA). Deu aulas com o seu antigo
professor e fundador do OMA, Rem Koolhaas, na AA onde orientou num estúdio
próprio até 1987. Atualmente Zaha é professora na Universidade de Artes
Aplicadas de Viena na Áustria.
Ficou
conhecida internacionalmente por seus projetos ousados, grande parte deles,
conceituais e identificados com a corrente desconstrutivista. Uma tendência
da arquitetura pós-moderna que quebra as regras da arquitetura moderna,
caracterizando-se pela fragmentação, pelo processo de desenho não linear.
Apesar da palavra desconstrução implicar
um ato de destruição para muitas pessoas os arquitetos descontrutivistas
colocam as formas puras da tradição arquitetônica no sofá e analisa os sintomas
de uma impureza reprimida. A desconstrução no sentido do pensamento e o
construtivismo,no movimento Russo ( Vlademir Krinskii ,depois da revolução de
1917) é uma forma interrogada.
Ganhadora de
muitas competições internacionais, seus destaques são vários, como, por
exemplo, o The Peak Club em Hong Kong (1983) foi o projeto exposto no MOMA. A
sua abordagem constitui em escavar o terreno e depois fazer escarpas artificiais
com a rocha escavada.Essa relação entre a natureza e a arquitetura entre o
terreno e o edifício ainda hoje e bem significativo no desenvolvimento de seus
projetos.Ela criou um vazio de 13 mts no intervalo entre a viga inferior e a
superior onde são suspensas a plataforma,uma piscina e um bar.
Características de suas obras:
A sua
principal característica é a complexa dinâmica da curvilineariade. É possível
identificar novos conceitos e métodos, que são diferentes do repertorio da
arquitetura tradicional e moderna, de tal ordem que podemos dizer que e um
novo paradigma da arquitetura.Os conceitos partilhados, os repertórios
formais,as técnicas computadorizadas que caracterizam estas obras estão a formar um novo estilo hegemônico.
Suas Principais Obras:
Vitra
Fire Sattion
O
primeiro projeto construído foi Vitra Fire Sattion, ,pedido por Rolf Fehlbaum, diretor executivo da empresa
mobiliaria Vitra. Fotos desse projeto entraram para as revistas e
livros sobre arquitetura contemporânea mesmo antes de estar concluído. O
Quartel de Bombeiros tinha uma área de
852 metros quadrados, e foi um dos primeiros esforços de
Zaha Hadid para traduzir os seus desenhos maravilhosos em formas construídas.
Apesar do surpreendente projeto angular, o espaço interior também se sobressai
seguindo essa mesma linha. O edifício foi pensado como uma zona de paisagem
linear, um prolongamento artificial dos padrões lineares dos campos agrícolas e
vinhas vizinhas. A leitura do edifício e Hermética e os interiores revelam-se
apenas de uma perspectiva perpendicular. A estrutura nunca foi usada como Quartel
de bombeiros, pois ela se transformou num símbolo de sucesso da experiência
arquitetônica.
Museu
Lois and Richard Rosenthal Center of Contemporary Art
Zaha Hadid foi
a primeira mulher a projetar um museu de arte americana. Medindo cerca de
8.500m2 ela assinala o seu aparecimento como uma projetista seria e não apenas teórica.
No chão curvas lentamente para cima, uma vez
que entra no edifício, elas levantam-se para se tornar uma parede. As
it rises and turns, this “Urban Carpet” leads visitors up a suspended mezzanine
ramp through the full length of the lobby, which during the day functions as an
open, daylit, “landscape” expanse that reads as an artificial park. Como se
levanta e se transforma, esta "Urban Carpet" leva os visitantes até
uma rampa suspensa no mezanino com o comprimento total do lobby, que durante o
dia funciona como um espaço aberto, uma"paisagem" extensão que se lê
como um parque artificial. Uma rampa continua a subir até que penetra a parede
do fundo, do outro lado do qual torna-se um desembarque na entrada das
galerias.As galerias são expressas como se tivessem sido esculpidos de um único
bloco de concreto e flutuam no espaço do
átrio. Espaços de exposição variam em tamanho e forma, para acomodar a grande
variedade de escalas e materiais na arte contemporânea. Cada lance de escada
pesa 15 t o Maximo que a grua da obra conseguia suportar. A escadaria e uma
característica fundamental e mediadora
pois ela conduz para o espaço de
exposições proporcionando um ponto de foco continuo para o movimento dos
visitantes.
Riverside
Museum é o elo entre o rio Clyde e Glasgow
Como se fosse um rio
sólido, o telhado do prédio do Glasgow Riverside Museum of Transport é cheio de
curvas, que, nas fachadas, se transformam em linhas mais retas e pontudas. Por dentro, curvas em
sua estrutura fazem com que o visitante transite de forma fluida pelas cerca de
3.000 peças ligadas à história do transporte e da tecnologia na cidade. Para
tirar o projeto do papel, o governo escocês gastou nada menos do que 74 milhões
de libras.
Uma moderna pista para salto de esqui
A cerca de 750 metros
do nível do mar, bem em cima da montanha Bergisel, na Áustria, Zaha Hadid
ergueu a Bergisel Ski Jump. Inaugurada em 2002, essa pista para competições de
salto em esqui substituiu a antiga estrutura que já não atendia aos padrões
internacionais, na cidade de Innsbruck. Sua estrutura é a combinação de uma
torre e uma ponte, com 90 metros de largura e quase 50 metros de altura. Além
de palco de competições, a construção ainda tem um café e um terraço
panorâmico, de onde é possível apreciar a vista da cidade e os saltos dos esquiadores.
Exposição
itinerante da Chanel com um ar futurista
Inspirada na obra da
Chanel, Zaha Hadid criou o Chanel Mobile Art Pavilion. O pavilhão abrigou entre 2008 e 2010, uma mostra de quase 20 artistas também inspirados na cultura
e no impacto que a marca gerou desde os anos 20, quando foi criada. Assim como
os trabalhos da Chanel, o pavilhão é um conjunto coeso e elegante, feito de
forma estratificada e com detalhes requintados. Com ar futurista, o prédio de
700 metros quadrados é composto por elementos que formam um arco contínuo, com
um pátio central onde os visitantes podem se reunir depois de verem as obras. A
iluminação (interna e externa) e as aberturas no teto ressaltam as formas
circulares e enfatizam a visão.
Maxxi, o primeiro museu de arte contemporânea de Roma
Cercada
pela arte clássica, a cidade italiana de Roma ganhou em 2009, seu primeiro
museu de arte contemporânea, projetado por Zaha Hadid. Sua concepção ultrapassou a intenção
de criar um lugar para expor arte contemporânea. Os idealizadores queriam
transformar o espaço em um workshop de pesquisas para diferentes linguagens
contemporâneas de design, moda e cinema. Tudo isso para dialogar com a arte e a
arquitetura, seguindo as três palavras-chave do museu: inovação,
multiculturalismo e interdisciplinaridade. Com 29.000 metros quadrados e custo
total de aproximadamente 175 milhões de dólares, o edifício é o primeiro de
estilo contemporâneo construído no centro histórico de Roma, desde a época do
fascismo. A mistura de concreto, ferro e vidro predominantes na estrutura do
museu são, ao mesmo tempo, um contraste e um complemento à paisagem antiga da
cidade.
Obra
ajuda Chicago a se reinventar em seu centenário
O
aspecto de casulo dado pela equipe Zaha Hadids Architects ao Burnham Pavilion,
instalado no Millennium Park em Chicago, no ano de 2009. Remete à ideia de reinvenção
da cidade e ao futuro. Criada para a comemoração do centenário da cidade, a
instalação tinha apresentações multimídia sobre a história de Chicago, e do
lado de fora, um espetáculo à parte com luzes coloridas sobre as paredes
externas. A estrutura do Burnham Pavilion foi feita de alumínio dobrado e
soldado, para dar a ele o aspecto curvilíneo. A área total usada pela
instalação foi de 120 metros quadrados. Apesar de ter sido uma obra com prazo de
validade, ela ainda pode ser levantada futuramente em qualquer lugar para
evitar o desperdício do material.
Uma
ponte que também é exposição interativa
A
Zaragoza Bridge Pavilion é do tipo de criação “dois em um”. Ao mesmo tempo em
que serviu de porta de entrada para a Expo Zaragoza 2008 (ano em que foi
inaugurada), a ponte também abrigou uma exposição interativa. Entre os assuntos
levantados foi a falta de recursos hídricos nos próximos anos e questões
ligadas a sustentabilidade. A Bridge Pavilion foi projetada diagonalmente sobre
as margens do rio Ebro, na Espanha. O desenho foi inspirado na forma de um
diamante cortado, envolto por uma espécie de pele formada por escamas sobrepostas,
que permitem o fluxo de ar também por dentro do ambiente.
Um centro de ciências onde a arquitetura é
arte mesmo
Próximo
a várias construções importantes da cidade de Wolfsburg, na Alemanha. O centro
interativo de ciência Phaeno Science Center é passagem obrigatória de turistas
interessados em arquitetura. Em 2005, o Phaeno Science Center ficou pronto sob
a autoria da equipe liderada por Zaha Hadid. O prédio foi construído com um
alto grau de transparência e porosidade. Uma espécie de cratera artificial
dentro do edifício permite uma visão diagonal de diferentes níveis e setores da
exposição. Além disso, os buracos cobertos por vidro nas paredes da construção
fazem a conexão entre a área interna e externa.
Componentes: Ariane Badaro, Jhonatas Gadioli, Nathália Pessoti, Thiago Ferreira, Nicolas Armani.